terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Uma pequena parte de: O moço e o ócio

Devoro noites inteiras, entre livros, discos e café, eu me sinto invencível. Cada parte da minha alma e coração sintonizam juntos, uma expansão de cores e amores, que só fazem sentido, porque é sua voz que canta ao fundo. Sorrio para os teus olhos castanhos, expressivamente meus, e me encaixo no espaço que indiretamente me engole através de pupilas. Faço morada no aperto dos teus braços, me ajeito no teu aconchego e descanso, enquanto meu riso pousa na tua arte, e todas as minhas incertezas se escondem na tua barba. Eu consigo sentir teu coração batendo rápido e o meu corpo inteiro esfriar, todas as minhas expressões dizem sim a você e a todos os defeitos e trejeitos que vem na tua mala. O que eu sou daqui de dentro, moço, é inevitavelmente apaixonado por todo e qualquer detalhe teu. Somos tão nossos, moço, tão certos do amor que carregamos no peito, que por mais que os desencontros sejam inúmeros, sabemos a quem o nosso abraço pertence toda as vezes que o dia termina. Porque Eu vi em você toda minha suavidade e mal jeito. Vi minha banda preferida e todos as outras que passei a gostar por sua causa. Eu vi os meus melhores sorrisos, as minhas piores piadas, a minha mais profunda poesia. Vi minha maior saudade, moço, meu grito de paz, minha folga da rotina. Depois de você, o mundo inteiro mudou o tom, mudou a cor, mudou o cheiro. E a gente se reinventou, se reconheceu, se encheu da velha e boa fé da vida, quando entendeu que a busca pela felicidade se encontrava em um par de pupilas.
Ps: para minha eterna namorada.

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